Após protestos, São Paulo e Rio anunciam redução dos preços do transporte

Rio de Janeiro, 19 jun (EFE).- As prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram nesta quarta-feira a redução do preço das tarifas de transporte público após os protestos que sacudiram o país nos últimos dias devido ao aumento das passagens. Em entrevista coletiva conjunta, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, anunciaram a revogação, a partir de segunda-feira, do aumento que tinha entrado em vigor neste mês e que havia elevado o valor das tarifas de ônibus, trem e metrô para R$ 3,20. Com isso, os preços voltam a ser de R$ 3. No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes também suspenderam os aumentos. No caso do ônibus municipais, o valor será novamente de R$ 2,75. Já em relação às tarifas de metrô, trem e barcas, a anulação será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, de acordo com o Governo do Estado, mas passará a valer na sexta. Eduardo Paes afirmou que a prefeitura vai bancar a diferença de 20 centavos, que anualmente, segundo ele, representa R$ 200 milhões para os cofres públicos. O prefeito disse ainda que a população terá que ajudar com a conta. "Ainda vamos estudar como isso será feito. Vamos ter que pressionar o Congresso para que medidas sejam tomadas e para que os custos sejam repartidos", declarou. Alckmin, por sua vez, classificou a medida como um "esforço" para o governo paulista e disse que haverá corte de gastos e que "investimentos serão comprometidos" por causa da suspensão do aumento. Em resposta aos protestos, o Senado voltou a discutir hoje um projeto de lei que analisa há cinco anos para reduzir os impostos sobre o transporte público. Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o projeto foi analisado nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pode ser aprovado nos próximos dias. Os prefeitos de pelo menos dez cidades brasileiras, entre elas Recife e Porto Alegre, já tinham anunciado ontem a redução das tarifas ou a revogação dos decretos que reajustaram as passagens. EFE cm-id/id "